A AUTO-MEDICAÇÃO, tema polêmico e largamente praticada por nós brasileiros, sempre foi objeto de preocupação da medicina como ciência humana. Referências ao assunto têm sido recorrentes na mídia, em geral destacando os riscos e complicações desta prática, algumas vezes mórbidas ou até mesmo fatais. Mais recentemente o tema tem adquirido relevo na área da dermatologia, especialidade médica voltada para os cuidados da pele e seus anexos. Aqui também a prática do auto-tratamento vem aumentando e muito. O site da Folha de São Paulo de 17 de junho deste ano publicou interessante artigo sobre a questão (* link abaixo). Diversos produtos auto-administráveis têm surgido e são divulgados diariamente nos meios de comunicação. Podemos citar aqui o LED em escovas e bonés para tratamento da CALVÍCIE, POINTTS para VERRUGAS, CICATRICURE GEL para CICATRIZES, ASEPXIA para ACNE, LUZ PULSADA para DEPILAÇÃO. O grande problema é que para o auto-tratamento também é necessário o auto-diagnóstico, que nem sempre é feito corretamente. O auto-tratamento pode implicar em erros ou atraso no diagnóstico, efeitos colaterais ou frustração com o resultado, que muitas vezes é insatisfatório. O LED para calvície, por exemplo, pode ser usado como adjuvante no tratamento, mas sozinho, sem as medicações convencionais, provavelmente não terá o efeito esperado. O Pointts é indicado para o tratamento de verrugas virais, mas diversas lesões, inclusive o câncer de pele, podem mimetizar verrugas para olhos destreinados. Insistir no uso de Asepxia para o tratamento da acne pode fazer com que o paciente procure um dermatologista tarde demais, quando as cicatrizes já dominaram o quadro, tornando o tratamento mais complexo. A luz pulsada auto-aplicada para depilação pode provocar queimadura na pele, manchas, ou o que é pior, aumento dos pelos de forma paradoxal. Diante de tantos riscos, quando o assunto é pele, cabelos ou unhas, procurar um dermatologista da sua confiança continua sendo a melhor opção.
Fica a dica. Bju bju bju!
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